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Educação promove atividades de interação com povos indígenas

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Publicado em:  28/09/2021

Crefcon encerra comemorações pelo aniversário de São Gonçalo

Trazendo para a sala de aula os costumes indígenas e fechando as comemorações pelo aniversário de São Gonçalo, o Centro Municipal de Formação Continuada Prefeito Hairson Monteiro dos Santos (Crefcon), em parceria com a UMEI George Savalla Gomes (Creche Carequinha), promoveu, na última segunda-feira (27), o encerramento do curso “Conhecendo para valorizar a cultura Indígena”. A atividade levou os alunos de 3 a 5 anos da creche para a sede do Crefcon para uma interação com os índígenas do povo Guarani Mbya da Aldeia Ará Hovy, de Itaipuaçu. Os índigenas convidados realizaram oficinas de dança, contação de histórias, pinturas indígenas e exposição de artesanato.

O curso online, direcionado para a formação continuada de professores, foi ministrado pela professora Elaine de Brito Carneiro, membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas das Relações Raciais (NEPERRE), que fez questão de encerrar as atividades convidando as crianças para também conhecerem a cultura indígena. Ela acredita que é muito importante, desde a mais tenra idade, trazer discussões que ampliem o olhar e a valorização do povo brasileiro.

“Costumamos falar que a criança é o futuro de um país e, se queremos construir algo de bom para os próximos anos, no Brasil, isso perpassa pela Educação Infantil. Nos países desenvolvidos, todo projeto de educação relevante apresenta a Educação Infantil como a menina dos olhos e aqui não deve ser diferente. A criança tem um potencial incrível de aprendizagem. E isso já está mais do que comprovado pela neurociência. Então, a ideia de trazer os indígenas para estabelecerem estas trocas com os pequenos é justamente possibilitar um olhar diferenciado do que os livros didáticos nos contam”, entende Elaine de Brito Carneiro.

No evento, as crianças assistiram a um vídeo de dança indígena, depois foram divididas em três grupos, para passar pelas três oficinas. A intenção do encontro foi também homenagear São Gonçalo, fazendo uma conexão com os povos originários da cidade, que são os Tamoios.

“Na escola, é preciso ensinar que existe outro tipo de cultura, outra realidade, e que os povos indígenas já estavam aqui bem antes de nós. Quanto mais a gente colocar essa questão para ser trabalhada com eles ainda pequenos, mais a gente desmistifica a questão de ser uma fantasia, e eles entendem que é a realidade e cultura dos indígenas. É importante conhecer mesmo como eles vivem, como são as danças, o que eles fazem, o que eles confeccionam e o que fazem para viver atualmente”, afirma a diretora da UMEI George Savalla Gomes, Conceição Freitas.

Para o índio Vanderlei Silva, com nome indígena Weraxunu, o trabalho já faz parte do dia a dia, com palestras e oficinas em universidades e escolas.

“É uma coisa muito importante repassar os nossos conhecimentos tradicionais e culturais, não só para os alunos, mas para os professores também. Hoje, a gente sabe que no Brasil existem vários povos de diferentes culturas, então a gente sempre fala do lado do nosso povo, mas também explicando que existem vários outros povos, com diferentes línguas, que cada tem sua comunidade, sempre com respeito”, comenta Vanderlei Silva.

Autor: Ascom
Foto: Lucas Alvarenga
Fonte: Ascom

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