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Cievs – São Gonçalo (02/2022)

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Publicado em:  25/05/2022

Casos de Monkeypox (varíola dos macacos)

Doença viral cuja sua transmissão para humanos pode ocorrer através do contato com um animal ou
humano infectado, ou com material corporal humano contendo o vírus. A transmissão entre humanos ocorre principalmente através de grandes gotículas respiratórias. Como as gotículas não podem viajar muito é necessário um contato pessoal prolongado. O vírus também pode entrar infectar as pessoas através de fluidos corporais, contato com a lesão ou contato indireto com o material da lesão.

Sintomas: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos, calafrios e exaustão. A
erupção geralmente se desenvolve pelo rosto e depois se espalha para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais. Os casos recentemente detectados relataram uma preponderância de lesões na área genital.

A erupção passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai.

A diferença na aparência da varicela ou da sífilis é a evolução uniforme das lesões. O período de incubação é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Quando a crosta some, a pessoa deixa infectar outras pessoas.

Linha do tempo
. 07/05/2022- Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) reportou o primeiro caso de
monkeypox (varíola dos macacos), este caso até o momento acredita-se que se trata de um caso
importado.


. 13/05/2022- OMS foi notificada, com mais dois casos confirmados laboratorialmente e um caso
provável, da mesma casa, sem histórico recente de viagem e sem contato com o caso relatado em
07 de maio.


. 16/05/2022- Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) confirma outros quatro casos
também sem histórico recente de viagens para áreas endêmicas, e não foram contatos dos casos
relatados entre o período de 07 e 14 de maio. Os casos relatados na UKHSA até o dia 16 de maio
tratam-se predominantemente de homens que mantinham relações sexuais com outros homens. Segundo o CDC, não se deve limitar as preocupações aos homens que mantem relação sexual com
outros homens. Aqueles que têm algum tipo de contato pessoal próximo com pessoas com varíola
dos macacos também podem estar em risco de contrair a doença.

. 18/05/2022- Portugal relatou 14 casos confirmados de varíola e mais 15 casos suspeitos. Todos os
casos eram homens jovens, moradores de Lisboa e Vale do Tejo e os 2 suspeitos, até agora,
concentram-se na mesma zona. Esta é a primeira vez que é detectada em Portugal infeção pelo vírus
Monkeypox. O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doença (ECDC) publica no dia 19 de maio,
alerta sobre vários casos de varíola do macaco que foram confirmados na Europa, incluindo um
Estado Membro da União Europeia (Portugal). A autoridade de saúde da Espanha também registrou
23 casos suspeitos compatíveis com a infecção viral, todos na região de Madri, mas ainda não existem
confirmados. Foi emitido alerta para garantir uma resposta rápida, coordenada e oportuna.


. 18/05/2022- Departamento de Saúde Pública de Massachusetts (DPH) confirmou um único caso de infecção pelo vírus macaco-aranha em um homem adulto com recente viagem ao Canadá. Os testes
iniciais foram realizados pelo Laboratório Estadual de Saúde Pública na Planície da Jamaica e os testes
confirmatórios foram concluídos pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC).
O DPH está trabalhando em estreita colaboração com o CDC, os conselhos locais relevantes de saúde
e os prestadores de cuidados de saúde do paciente para identificar indivíduos que possam ter tido
contato com o paciente enquanto ele estava no estágio ativo da infecção. Esta abordagem de
rastreamento de contato é a mais apropriada dada a natureza e transmissão do vírus. O CDC afirma
que o caso não representa risco para o público, e o indivíduo está internado e em boas condições. Os
Estados Unidos tiveram casos anteriores a 2022, Texas e Maryland relataram um caso em 2021 em
pessoas com viagens recentes à Nigéria.


. 19/05/2022- Primeiro caso na Alemanha foi detectado, sendo em um brasileiro de 26 anos que vive
em Munique, capital da Baviera. O paciente está isolado na Clínica Schwabing e apresenta sintomas
leves e bom quadro clínico geral. Ainda, no dia 19 de maio foram reportados 13 casos, em Montreal,
Canadá.


. 20/05/2022 – Foram reportados casos na Austrália, Estados Unidos (Nova York), Bélgica, Itália, Países
Baixos, Israel, Suíça e Alemanha.
Desde 2018, houve 07 casos de varíola dos macacos relatados no Reino Unido (em 2021, 2019 e 2018),
principalmente com histórico de viagens para países endêmicos. No entanto, esta é a primeira vez que
cadeias de transmissão são relatadas na Europa sem ligações epidemiológicas conhecidas com a África
Ocidental e Central. Esses também são os primeiros casos relatados em todo o mundo por essa cadeia de
transmissão.

Transmissão
O vírus da varíola dos macacos é considerado como tendo transmissibilidade moderada entre
humanos. Nesse caso, a transmissão entre parceiros sexuais, devido ao contato íntimo durante o sexo com lesões cutâneas infecciosas, parece ser o modo provável de transmissão. Dada a frequência incomumente alta de transmissão de humano para humano observada neste evento, e a provável transmissão da comunidade sem histórico de viagens para áreas endêmicas, a probabilidade de propagação de transmissão entre indivíduos sem contato próximo é considerada baixa.

Definição de caso
Caso suspeito:
. Pessoa de qualquer idade que teve contato físico com casos suspeitos ou confirmados, ou com
pessoas procedentes de países com circulação do vírus de varíola dos macacos, desde 15 de março
de 2022 E
. que apresente início súbito de febre (>38,5 oC), adenomegalia e erupção cutânea aguda inexplicável
E
. que apresente um ou mais dos seguintes sinais ou sintomas: dor nas costas, astenia, cefaleia, E
excluindo as doenças que se enquadram como diagnóstico diferencial* E/OU
. qualquer outra causa comum localmente relevante de erupção vesicular ou papular.
*varicela, herpes zoster, sarampo, zika, dengue, Chikungunya, herpes simples, infecções bacterianas da pele, infecção gonocócica disseminada, sífilis primária ou secundária, cancroide, linfogranuloma venéreo,
granuloma inguinal, molusco contagioso (poxvirus), reação alérgica (como a plantas).

Caso provável:
. Pessoa que atende à definição de caso suspeito E
. um OU mais dos seguintes critérios: ter um vínculo epidemiológico (exposição próxima e prolongada
sem proteção respiratória; contato físico direto, incluindo contato sexual; ou contato com materiais
contaminados, como roupas ou roupas de cama) com um caso provável ou confirmado de varíola dos
macacos nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas E/OU

. histórico de viagem para um país endêmico de varíola dos macacos nos 21 dias anteriores ao início
dos sintomas.

Caso confirmado:
. Pessoa que atende à definição de caso suspeito ou provável que é confirmado laboratorialmente
para o vírus da varíola dos macacos por teste molecular (qPCR e/ou sequenciamento).

Casos no Brasil
ATÉ O MOMENTO NÃO FORAM NOTIFICADOS CASOS SUSPEITOS NO BRASIL.
Viagens internacionais ou comércio: A OMS não recomenda qualquer restrição para viajar e negociar com o Reino Unido com base nas informações disponíveis neste momento.

Notificação
O Ministério da Saúde do Brasil, através da Sala de Situação Nacional de Varíola dos Macacos, está em
processo de desenvolvimento de fichas de notificação e investigação para o território nacional, com
estabelecimento da obrigatoriedade de notificação imediata, em até 24 horas, pelos profissionais de saúde de serviços públicos ou privados. Assim, os instrumentos encontram-se em validação interna
Os casos suspeitos de monkeypox (varíola dos macacos) devem ser notificados de forma imediata, em
até 24 horas, por se tratarem de eventos de saúde pública (ESP) conforme disposto na Portaria no 1.10.2, de 13 de maio de 2022, em formulário eletrônico a ser disponibilizado após finalização e validação das fichas, pelas equipes técnicas.

Notificação ao CIEVS SG (Municipio de São Gonçalo):
. E-mail: cievs.sg@gmail.com


RECOMENDAÇÕES AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
. Se identificarem pacientes com uma erupção cutânea que se pareça com varíola, considere a varíola
macaco, independentemente de o paciente ter histórico de viagem para países da África Central ou
Ocidental. (diagnóstico diferencial)
. Os serviços de saúde devem tomar medidas para aumentar a conscientização sobre a potencial
disseminação da varíola em comunidades de indivíduos que fazem sexo casual ou que têm múltiplos
parceiros sexuais.
. Casos suspeitos devem ser isolados e testados e notificados imediatamente.
. Garanta que os funcionários entendam a importância de usar equipamentos de proteção individual
(EPI) adequados e que o usem cada vez que estiverem perto de casos suspeitos.
. O rastreamento de contatos deve ser iniciado assim que tiver a suspeita de um caso.

Referencia:
1 COMUNICAÇÃO DE RISCO-REDE CIEVS-SES | Ministério da Saúde- Número 06 de 20.05.2022
2 WHO. Monkeypox – United Kingdom of Great Britain and Northern Ireland. Updates. Disponível em:
https://www.who.int/emergencies/disease-outbreak-news/item/2022- DON383. Acessado em:
19/05/2022.
3 CDC. CDC and Health Partners Responding to Monkeypox Case in the U.S. Disponivel em:
https://www.cdc.gov/media/releases/2022/s0518-monkeypox-case.html.Acessado em: 20/05/2022.

4 Informe sala de Situação-Varíola dos Macacos-Secretaria de Vigilancia em Saúde –Ministério da Saúde-
N•01 de 23/05/2022.

Autor: Ascom
Foto: CDC's Public Health Image Library / Domí

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