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Clínica Municipal do Colubandê aprimora atendimento de reabilitação física

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Publicado em:  01/11/2025

Aposentado de 54 anos é exemplo de superação ao voltar a andar

Aos 54 anos, o aposentado Alexsander Xavier do Nascimento enfrenta com coragem e determinação uma dupla batalha: a deficiência visual e o tratamento contra o câncer nos testículos. Morador do bairro Jardim Fluminense, ele encontrou na fisioterapia – realizada na Clínica Municipal Gonçalense do Colubandê – não apenas uma forma de reabilitação física, mas também um caminho para a autonomia e a melhoria da qualidade de vida.

Diagnosticado com câncer, Alexsandro iniciou o tratamento oncológico no início de 2024. No dia 10 de agosto do ano passado, ele parou de andar e começou a sentir dificuldades nos movimentos. Atividades simples tornaram-se obstáculos diários. Ele foi internado, realizou uma bateria de exames e foi constatado que ele estava com uma massa crescendo na medula espinhal. 

Nesse período, ele ficou quatro meses no leito do hospital e iniciou a fisioterapia hospitalar. Quando recebeu alta, já no início de 2025, ele ainda estava sem andar. Deprimido, sem conseguir fazer as suas atividades diárias, ele resolveu voltar ao médico para pedir o encaminhamento para dar continuidade à fisioterapia fora da unidade hospitalar. E em junho deste ano, ele iniciou o tratamento na Clínica Municipal Gonçalense do Colubandê.    

“Eu sempre fui muito ativo. Gosto de caminhar, conversar, estar com as pessoas. Quando vim para cá, eu tinha receio de não voltar a andar. Cheguei aqui de cadeira de rodas. Em dois meses, voltei a ficar em pé e a andar de muletas. Hoje, já voltei a usar apenas a bengala para me guiar. Já ando sozinho, faço as minhas coisas, tomo o meu banho, vou à padaria. Ainda tenho dificuldades, sei que vou ter que fazer por mais tempo. Mas a fisioterapia está me devolvendo a vida”, contou Alexsandro enquanto fazia os exercícios. 

Sob os cuidados do fisioterapeuta Hamilton José do Patrocínio, Alexsander realiza exercícios voltados ao fortalecimento muscular, equilíbrio e coordenação motora, além de técnicas específicas para prevenção de quedas – um risco constante para pessoas com baixa visão.

“Ele chegou com fraqueza muscular de membros inferiores e superiores. Demos ênfase aos membros inferiores porque ele chegou de cadeira de rodas e muito emagrecido. Não tinha nenhuma força muscular devido a compressão na medula. Começamos a trabalhar com troca de postura, depois com protocolo de marchas e exercícios de membros inferiores para alongar e fortalecer. O paciente foi evoluindo, ganhando força e mobilidade”, explicou Hamilton, que também pediu para que ele fizesse acompanhamento nutricional. 

Além dos ganhos físicos, o acompanhamento também teve impacto emocional. “O caso dele é um exemplo de como a fisioterapia pode ir além da reabilitação física. Trabalhamos a autoestima, a confiança e o senso de independência. Hoje ele é um paciente ativo. Estava deprimido e melhorou em tudo. Não é só a fisioterapia, mexe com o emocional. A fisioterapia é isso: reabilitar para deixar o paciente bem fisicamente, mais independente possível, mas também ajuda na saúde mental. Alex é um vencedor”, finalizou o profissional.

A história de Alexsander mostra que, mesmo diante de múltiplas adversidades, a força de vontade aliada a um suporte profissional adequado pode transformar vidas. “Eu perguntei ao médico se ia voltar a andar. Ele me respondeu: “Só depende de você”. E eu vim fazer fisioterapia com muita vontade de ter a minha vida de volta. Cada passo dado era uma conquista. Já ando tudo a pé de novo. Às vezes, venho do Coelho até aqui andando. Venho devagar, mas venho. Ele já me orientou sobre isso. É também mais um exercício que faço e gosto”, concluiu o paciente.

Autor: Ascom
Foto: Julio Diniz

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