Deam e Prefeitura criam parceria para o combate à violência contra a mulher

Doze mulheres são vítimas de violência todos os dias no Brasil de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em 2017, São Gonçalo integrou o ranking das 10 cidades com maiores números de violência psicológica, tentativa de estupro e lesão corporal contra a mulher. E foi pensando em uma forma de melhorar cada vez mais a qualidade dos atendimentos a essas vítimas, através das redes de proteção do município, que a delegada Ana Carla Moura, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de São Gonçalo, se reuniu na última segunda-feira com a equipe técnica do Centro Especial de Orientação à Mulher (CEOM) Zuzu Angel/ Patrícia Acioli, na sede do local, em Neves.

Durante a reunião foram abordados temas que auxiliem a aproximar a população dos órgãos públicos que oferecem serviços de proteção e acolhimento a mulheres vítimas de diferentes formas de violência.

“Conheci de perto o CEOM e observei a relevância deste órgão que auxilia a população no enfrentamento à violência contra a mulher. Neste encontro ficou estabelecido o trabalho em rede entre a delegacia e o centro já que muitas vezes as mulheres precisam de atendimento psicológico antes de tomar coragem de denunciar seu agressor. É necessário uma rede como o CEOM para encorajar essas vítimas. Antes da Lei Maria da Penha, o agressor era um covarde, hoje ele é um criminoso. É necessário denunciar”, afirmou a delegada.

Quem também esteve presente na reunião foi a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Andrea Machado, que falou sobre a importância dessa parceria.

“A ideia de nos reunirmos enquanto instituição e rede de atendimento e enfrentamento à violência contra a mulher se faz necessário para articularmos um trabalho de excelência em nosso município. A mulher que sofre violência precisa saber que ela não está sozinha e terá apoio necessário de uma equipe multidisciplinar para fortalecer e levantar a sua autoestima” explicou Andrea.

Para o prefeito José Luiz Nanci, o trabalho intersetorial é essencial no enfrentamento a violação de direitos.

“A articulação e o trabalho em rede são fundamentais para garantirmos uma política pública pelos direitos das mulheres. A parceria e articulação com outros órgãos de diferentes setores irão garantir a assistência de forma ampla e irrestrita a todos e todas que necessitarem”, afirmou.

Redes de proteção – Além do 180 (Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência), a cidade de São Gonçalo ainda possui as redes de proteção através do Conselho dos Direitos da Mulher, localizado na Rua Uriscina Vargas, 36, Mutondo; Movimento de Mulheres, na rua Rodrigues da Fonseca, 201, Zé Garoto; Delegacia de Atendimento a Mulher (DEAM), na Avenida Dezoito do Forte, 578, Mutuá; e através do próprio CEOM, que funciona de segunda a sexta, das 9h às 17h, com atendimento presencial na Rua Camilo Fernandes Moreira, em Neves, ou ainda pelo telefone 96427-0012.