HCCOR amplia atendimentos e recebe pacientes de todo o Estado

Unidade da Prefeitura de São Gonçalo faz cirurgias de alta complexidade

O Hospital do Câncer e do Coração (HCCOR), na Lagoinha, em São Gonçalo, continua salvando vidas e fazendo com que os pacientes tenham muitas boas histórias e experiências para contar. Somando mais de 2,3 mil procedimentos e cirurgias realizadas, a unidade da Prefeitura de São Gonçalo já atende pacientes de todo o Estado do Rio, que estão tendo as cirurgias antecipadas na fila do Sistema Estadual de Regulação (SER).

De Araruama, a diarista Adriana da Conceição Lucíndio de Souza Barbosa, 46, realizou uma angioplastia (desobstrução das artérias coronárias com o objetivo de aumentar o fluxo de sangue para o coração) na unidade na última quarta-feira (12). Ela estava agendada para realizar apenas o cateterismo (procedimento para diagnosticar doenças cardíacas), que diagnosticou que a veia dela faltava pouco para fechar. 

“Estava caminhando quando senti muita dor no coração há cerca de quatro meses. Fui ao médico e ele passou todos os exames e procedimentos. Quando terminei, entrei na fila e fui chamada, em duas semanas, para o HCCOR para fazer o cateterismo. Durante o exame, o médico viu que a veia estava 90% entupida e realizou a angioplastia em seguida. Não sabia da evolução do cateterismo para a angioplastia. Eu achava que ia fazer o cateterismo e ir embora. Mas que bom que resolveu tudo e estou bem, graças a Deus. Eu só tenho a agradecer a toda a equipe. O atendimento foi maravilhoso e toda a equipe está de parabéns. O médico é excelente”, contou Adriana.

A aposentada Vera Lúcia dos Santos, 66, aguardava, na última quinta-feira (13), uma cirurgia mais complexa – a revascularização do miocárdio (popularmente chamada de cirurgia de ponte de safena, ela consiste em criar novos caminhos (pontes) para o sangue que irriga o coração). Diferente de Adriana, Vera Lúcia realizou o cateterismo em outro hospital em Nova Iguaçu, onde reside, e recebeu alta em dezembro do ano passado. Ela teve que entrar novamente na fila do SER para realizar a cirurgia. 

“Na época, eu fiquei internada um mês para fazer o cateterismo. Fiz e me deram alta. A cardiologista disse que não era para eu ter recebido alta, pois o resultado apontou que eu tinha que fazer a ponte de safena. O SER me ligou e disse que não tinha vaga nos hospitais do Rio e perguntou se poderia fazer a cirurgia em São Gonçalo e não pensei duas vezes em vir”, lembrou Vera Lúcia. 

Em março, ela esteve no HCCOR para consulta e para realizar os exames necessários para a cirurgia. E, na semana passada, o médico ligou marcando a revascularização. “Em Nova Iguaçu, além de não terem me operado logo após o cateterismo, me fizeram voltar para a fila e não tinha vaga. Não tinha nenhuma previsão. Estou muito agradecida em estar aqui no HCCOR. O hospital é maravilhoso, assim como todos os funcionários, desde o maqueiro até o médico”, finalizou Vera Lúcia, que realizou a revascularização na manhã desta sexta-feira (14).        

O HCCOR conta com quatro centros cirúrgicos e 49 leitos. É uma unidade de referência de alta complexidade com equipe médica altamente qualificada para realizar todos os procedimentos. O hospital está desafogando a rede de urgência e emergência, liberando leitos e melhorando o atendimento da população, que precisava ir para outras cidades realizar as cirurgias. 

Desde o início de sua implantação, em dezembro de 2022, o HCCOR já realizou 1.040 cateterismos, 219 angioplastias, 160 revascularizações, 352 cirurgias oncológicas, 140 cirurgias neurológicas, 202 cirurgias gerais e 272 cirurgias dermatológicas.  

Regulação – Todas as cirurgias na rede pública de São Gonçalo são marcadas através da Central de Regulação da Semsa. As unidades inserem os pacientes no sistema da Central de Regulação, que vai entrar em contato – através do telefone – para avisar sobre a marcação do serviço. Por isso, é muito importante que os pacientes mantenham um telefone que funcione e esteja atualizado no cadastro. O contato e endereço do morador também podem ser atualizados em qualquer unidade de saúde.