I Jornada de Acompanhamento Familiar de SG chega ao fim com saldo positivo

Intersetorialidade, uma das palavras mais ditas e ouvidas no último dia de trabalhos da I Jornada de Acompanhamento Familiar de São Gonçalo, nesta sexta-feira (23). Pensar e discutir a importância do trabalho em rede e do olhar integral ao público de cada equipamento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) e de todos os outros serviços públicos, este foi o desafio que levou novamente mais de 200 pessoas ao auditório da Universidade Salgado de Oliveira (Universo), no bairro Trindade.

Com a mesa: A importância da intersetorialidade no acompanhamento familiar, a atividade contou com a presença do secretário de Cultura, Carlos Ney; o coordenador de Saúde Mental de São Gonçalo, Jorge Vieira; a assistente social e professora adjunta da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Rachel Gouveia; Eliane Gomes, assessora técnica da Proteção Básica da SMDS; e Marcelo Azevedo, subsecretário de Recursos Humanos da Secretaria de Educação de São Gonçalo.

“Não podemos falar sobre acompanhamento familiar sem falar de Educação também. Estou no magistério há 20 anos, e cada vez mais temos visto que não é possível fazer um trabalho sério de resgate e desenvolvimento social na Educação se não houver essa parceria com a rede de serviços públicos. Não podemos realizar projetos de forma isolada, e para que isso aconteça, precisamos pensar juntos. Não há avanço sem o trabalho integrado”, destacou o subsecretário Marcelo Azevedo em sua fala.

A professora Rachel Gouveia também ressaltou a importância das parcerias e de pensar os serviços públicos e o acompanhamento familiar a partir da compreensão da realidade de cada território e suas especificidades.

“A intersetorialidade é uma nova lógica de gestão e transcende um único setor da política social. Mas para isso precisamos pensar também essas famílias que são assistidas como parceiras do cuidado junto ao serviço público, incluir essas famílias no exercício do serviço, pois não podemos pensar política pública fora da comunidade. É um trabalho conjunto. Vamos sair daqui com muitos desafios para pensar e pôr em prática, e um deles é a construção do cuidado que seja coletivo e compartilhado”, afirmou.

Além das mesas de palestra, o último dia de Jornada também foi de troca de experiências e muito trabalho para os participantes. O evento, que contou com equipes técnicas de diversas subsecretarias, reuniu assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, educadores sociais e facilitadores dos Centros de Referência e Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Bolsa Família, Conselhos Tutelares, Programa Família Acolhedora, Centro POP e as Casas de Acolhimento. A programação contou ainda com diversas apresentações de dança dos alunos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) dos CRAS Vista Alegre e Santa Isabel.

Para o secretário de Desenvolvimento Social, Marlos Costa, os dois dias de Jornada deixaram um saldo positivo não só para os técnicos da secretaria, mas foi um ganho na qualidade do serviço público para toda a cidade.

“Eu só tenho a agradecer o empenho, dedicação e comprometimento de cada pessoa da secretaria, afinal, essa jornada, que é um marco no avanço da construção de políticas públicas da assistência no município de São Gonçalo, só foi possível com a ajuda de muitas mãos. Estamos nos dedicando a atender ao pedido do nosso prefeito José Luiz Nanci de entregar um trabalho de qualidade a toda a população. E isso só é possível com o investimento em capacitação, formação continuada e um olhar voltado para a integração dos serviços públicos”, disse.