Assistência Social
Aulas na Padaria Escola seguem a todo vapor
21/04/2025
Em dezembro de 2017, o Brasil registrava pouco mais de 12 milhões de desempregados, e em contrapartida, mais de 20 milhões de pessoas que decidiram trabalhar por conta própria. Portanto, investir em qualificação profissional foi a solução para milhares de pessoas que sonhavam em ter o próprio negócio ou retornar ao mercado de trabalho. Em São Gonçalo não foi diferente, como nos casos de Neide Bittencourt, de 55 anos, que hoje produz e vende pizzas e outras massas; o jovem Anderson, de 17 anos, ambos recém formados no curso de panificação, e Luiza Maria de Freitas, 62, que agora formada em marcenaria pretende investir no próprio negócio. O que esse três gonçalenses têm em comum é que eles e mais de mil moradores de diferentes bairros da cidade ingressaram na Inclusão Produtiva, que através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, ofertou capacitação profissional em 21 cursos gratuitos.
Há dois anos trabalhando com produção artesanal, a autônoma Neide Bittencourt, moradora do bairro Laranjal, viu na qualificação uma oportunidade de aprimorar o próprio negócio.
“Ainda que eu já tivesse experiência na área, me qualificar nunca é demais. Fiquei sabendo do curso quando vim ao CRAS e era exatamente o dia de abertura das matrículas. Não pensei duas vezes e me inscrevi. Aqui no curso aprendi novas técnicas e desde então tenho recebido novas encomendas”, disse a aluna do curso de panificação, ofertado no CRAS Vista Alegre.
Assim como investir, recomeçar também é um caminho. Como é o caso do jovem Anderson M., de 17 anos, em situação de acolhimento no Centro de Acolhimento e Cidadania (CAC).
“Eu trabalhava em Nova Iguaçu em uma padaria, mas aprendi sozinho a fazer pães e biscoitos para vender. E no próximo mês começo a trabalhar em uma padaria em Niterói. Uma amiga que sabia que eu estava fazendo o curso de panificação, me chamou e logo eu começo. Estou muito feliz em poder voltar a trabalhar e ter a minha independência”, disse.
O professor de marcenaria, curso ministrado no bairro Galo Branco, Luiz Pereira Alves, que há 50 anos atua na área, além de ensinar também oportunizou estágio para alunos da turma colocarem em prática aquilo que aprenderam.
“Fico feliz em transmitir aquilo que aprendi ao longo desses muitos anos de trabalho. Hoje eles já possuem conhecimentos básicos tanto para um conserto ou a confecção de um móvel para a própria casa, quanto para iniciar um negócio próprio. Durante cada aula elaboramos e desenhamos projetos, trocamos ideias, e pude ver o empenho e dedicação de cada um. É mais do que gratificante poder ser parte dos sonhos e dos recomeços de alguém”, relatou o professor.
Em reestruturação desde o início do 2017, a iniciativa do secretário Marlos Costa de reativar a qualificação teve como objetivo descentralizar as capacitações, que antes aconteciam apenas em Vista Alegre, Coelho e Trindade. Fazendo com que mais pessoas possam se capacitar sem precisar se locomover para outras regiões. Para o secretário, a retomada das capacitações representa o compromisso do prefeito José Luiz Nanci e da Secretaria de Desenvolvimento Social em atender mais e melhor o cidadão gonçalense.
“A inclusão produtiva e o retorno da qualificação profissional gratuita por meio da secretaria reafirmam o nosso compromisso na garantia de direitos da população, sobretudo no direito de empreender e investir em sua autonomia financeira e qualidade de vida. Milhares de famílias gonçalenses foram beneficiadas, e mais do que em mão de obra, estamos investindo em sonhos e em realização”, afirmou.
Os cursos oferecidos foram: corte de cabelo feminino e masculino, barbearia, designer de sobrancelha, maquiagem, manicure, manutenção e montagem de computadores, panificação, pizzaiolo, marcenaria, costura industrial, telemarketing, Informática, Designer Gráfico , Confeitaria e Doces Finos, Corte e Costura e pintura em tecido, Depilação, Profissional de Beleza, Recepcionista, Fotografia Digital , Eletricista e Cuidador de Idosos. Além disso, a secretaria firmou parceria com a instituição Macadeski e o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), que certificou os cuidadores de idosos com documentação na modalidade de Formação Inicial e Continuada (FIC).
Autor: Thayná Valente
Foto: Lucas Alvarenga
Fonte: SMDS
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