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Janeiro Roxo em São Gonçalo alerta para hanseníase

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Publicado em:  17/01/2024

Unidades de saúde promovem palestras sobre a doença   

O Programa Municipal de Hanseníase da Prefeitura de São Gonçalo realizou a abertura da campanha Janeiro Roxo na Clínica da Família Dr. Zerbini, no Arsenal, nesta quarta-feira (17). Agentes comunitários, enfermeiros e pacientes participaram da palestra de conscientização sobre a doença. Com o tema “Hanseníase – Não tenha preconceito. Identifique, trate e cure”, a campanha Janeiro Roxo ainda levará palestras sobre a importância da prevenção e do tratamento adequado da doença para outras unidades de saúde durante o mês de janeiro. 

“Essa palestra é muito importante para nós, agentes comunitários de saúde, porque trabalhamos com a prevenção e a educação em saúde. Então, quanto mais nós participarmos, quanto mais nós soubermos sobre as doenças, nós podemos orientar melhor a população e reproduzir para que eles também possam saber sobre a doença”, disse a agente comunitária Regina Célia Armond Faria.

Na palestra, a enfermeira do Programa Municipal de Hanseníase – Savana das Graças – mostrou as características da doença, seus riscos, como identificar e tratar. No fim, ainda tirou dúvidas dos pacientes presentes e encaminhou duas pessoas com suspeita de hanseníase para atendimento médico. 

“O nosso propósito é esse. Divulgar o máximo sobre a doença para que as pessoas saibam identificar entre pessoas próximas e possam orientar para procurar uma unidade de saúde. A doença pode se confundir com muitas outras. Por isso, a importância do diagnóstico precoce para que ela não evolua e deixe sequelas”, explicou a enfermeira.

A dona de casa Rosani Vieira de Moura, 60, aprovou a iniciativa. Ela estava na unidade de saúde para uma consulta e foi chamada para participar da palestra. “É muito bom a gente ficar sabendo mais a fundo sobre as doenças. Caso venha acontecer, a gente já sabe como proceder. Eu já tinha ouvido falar da hanseníase, mas agora já sei identificar e vou poder ajudar outras pessoas. Gostei muito de estar aqui hoje”, finalizou.  

Neste mês de janeiro, o Programa Municipal de Hanseníase vai realizar as ações que têm como objetivo incentivar a suspeição, rastreio da doença e diagnóstico para iniciar o tratamento precoce, interrompendo a cadeia de transmissão e proporcionando a prevenção das incapacidades físicas. A hanseníase tem cura e o tratamento é totalmente gratuito e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Quanto mais cedo for diagnosticada e tratada, melhor o resultado e menor a chance do paciente ter sequelas físicas.

Programação

18.01.24, às 15h, no Polo Sanitário Hélio Cruz, Alcântara: Palestra “Aspectos Clínicos da Hanseníase” para população;

19.01.24, às 10h, no Polo Sanitário Washington Luiz, Zé Garoto: Palestra “Autocuidado” para população;

25.01.24, às 10h, no Polo Sanitário Paulo Marques Rangel: Palestra “Aspectos Clínicos da Hanseníase” para população;

26.01.24, às 10h, no Polo Sanitário Augusto Sena, Rio do Ouro: Palestra “Combate ao estigma e discriminação da Doença Hanseníase” para população;

31.01.24, às 10h, na Clínica Gonçalense do Mutondo: Palestra “Combate ao estigma e discriminação da Doença Hanseníase”.

A Doença 

A hanseníase é uma doença transmissível que acomete a pele e os nervos da face, braços, mãos, pernas e pés de crianças e adultos. Sua principal característica é uma mancha esbranquiçada, avermelhada ou amarronzada em qualquer parte do corpo, que não coça e altera a sensibilidade da pele ao calor, à dor e ao tato. 

A doença também pode se manifestar através de caroços e inchaços no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos. Também pode dar a sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços, mãos, pernas e pés. 

As áreas acometidas podem sofrer com diminuição de pelos e suor e pode ocorrer o engrossamento do nervo que passa pelo cotovelo, levando a perda da sensibilidade e/ou diminuição da força do quinto dedo. 

Ela é transmitida por meio das vias aéreas, fala, tosse ou espirro e se dá por meio de uma pessoa doente e sem tratamento. No entanto, ela não passa através de contato, como abraço, aperto de mão ou qualquer tipo de carinho. Se não tratada, ela pode causar deformidades físicas e incapacidades.

Polos Sanitários que fazem o tratamento da hanseníase

Hélio Cruz: Rua da Concórdia, s/nº, Alcântara

Augusto Sena: Avenida Eugênio Borges, s/nº, km 7, Rio do Ouro 

Washington Luiz Lopes: Praça Estephânia de Carvalho, s/nº, Zé Garoto

Autor: Ascom
Foto: Fabio Guimarães

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