Assistência Social
Prefeitura realiza ação de abordagem social no Alcântara
31/10/2024
Brilho nos olhos e reconhecimento ao se virem na televisão. Esse é o sentimento de três adolescentes abrigados no Centro de Acolhimento e Cidadania (CAC) ao participarem do programa Histórias de Adoção, do canal por assinatura GNT. O programa mostrou a rotina de três adolescentes que vivem no abrigo, apresentando o dia a dia de cada um e revelando uma realidade vista por poucos. A jovem A., 17 anos, contou seus sonhos e experiência de vida em frente às câmeras .
“Achei bem legal poder participar do programa, no começo fiquei com vergonha, mas depois passou e pude mostrar um pouco da realidade que vivo aqui no abrigo. Fico feliz em poder compartilhar um pouco da minha história, o preconceito em relação aos abrigados, do amor que ganhei aqui no CAC e dos meus sonhos para o futuro”, disse a jovem.
Além de oferecer um lugar para morar, o CAC concede direito aos jovens de voltar a viver em sociedade. Eles são matriculados em escolas da rede municipal ou estadual, participam de aulas de reforço escolar, teatro, oficinas e, os mais velhos, trabalham como jovem aprendiz.
O jovem A. 16 anos, conta que sua vida nunca foi fácil, mas depois do abrigo, onde reencontrou seu irmão, pôde ter uma visão diferente da vida e contou um pouco da sua experiência ao programa.
“O abrigo mudou muito o meu pensamento. Aqui no CAC fui acolhido e ainda pude reencontrar meu irmão. Agora, meu dever como mais velho é ajudar meu irmão a vencer. O abrigo é um local que encontramos apoio, é importante poder mostrar a nossa realidade a todos”, conta.
O adolescente, que já trabalha como jovem aprendiz, ainda aprendeu o ofício da construção de maquetes, que surpreendem e encantam aqueles que chegam ao local.
O CAC recebe meninos e meninas de 6 anos a 18 anos incompletos em situação de vulnerabilidade social (vítimas de abandono, maus-tratos, violência, negligência ou que precisam ser afastadas do convívio familiar por questões judiciais envolvendo os pais ou responsáveis). Uma equipe composta de psicólogos, pedagogos, assistentes sociais e servidores do município fazem o trabalho de acolhimento das crianças e adolescentes.
A subsecretária de Programas Estratégicos e Serviços Especializados Infância, Adolescência e Juventude , Maria Domingas, falou sobre a reestruturação do CAC, para melhor acolhimento.
“Nós estamos repaginando e pensando juntos o conceito do que é o acolhimento. Pela legislação o abrigo deve ser um espaço acolhedor, como o próprio nome já diz. Nosso trabalho nos abrigos é estimular o jovem a acreditar e se empoderar da sua própria história. Vamos nos reestruturar e já estamos com um planejamento para dar início às obras que darão um novo rosto aos abrigos. Não estamos investindo apenas em estrutura física, as equipes técnicas também estão sendo capacitadas, vamos expandir o trabalho de serviço de convivência e realizar oficinas que contribuam para a autonomia e independência de cada jovem e adolescente”, explicou a subsecretária.
Autor: Ascom
Foto: Lucas Alvarenga
Fonte: SMDS
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