Saúde e Defesa Civil
Saúde reforça ações para controle do mosquito da dengue
04/05/2025
“Perdi muitos amigos e amigas para o HIV, independentemente da orientação sexual. Você não precisa ter uma vida sexual tão ativa, mas tem que se prevenir!”, contou Stefani Brasil, de 49 anos. Mulher trans e ativista pelos direitos da população LGBTQI+, é uma das usuárias do Programa Municipal de IST/Aids. Como proposta de efetivação da Prevenção Combinada, como preconiza o Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde oferta de forma gratuita um grande aliado da saúde pública na prevenção ao HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST): a Profilaxia Pós-exposição (PEP). Disponível 24 horas no Pronto Socorro Central, UMPA de Nova Cidade e UPA do Pacheco, a medicação é utilizada em casos de acidentes biológicos em ambientes de cuidado a saúde, vítimas de estupro e casos de relações sexuais consentidas sem camisinha. Só neste ano, mais de 20 pessoas já realizaram o uso da profilaxia.
O protocolo recomenda que os medicamentos – tenofovir, lamivudina e dolutegravir – utilizados para o tratamento sejam ministrados até 72 horas após a exposição ao vírus. O ideal é que seu uso seja feito nas primeiras duas horas após a exposição ao risco. Ao todo, são 28 dias consecutivos de uso dos quatro medicamentos antirretrovirais. Em 2019, 196 pessoas realizaram o uso dos medicamentos para casos de exposição sexual consentida, 117 em casos de acidentes biológicos e 19 para casos de estupro.
Além do PEP, a rede de saúde também oferta a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), na Clínica Municipal do Barro Vermelho. O PrEP é uma medicação de uso contínuo e diário que cria uma barreira de proteção antes de uma possível exposição ao vírus HIV. No Brasil, o tratamento virou política pública através do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2017. Em maio de 2019 foi implementado em São Gonçalo, através do Programa Municipal de Ist/Aids. O tratamento tem como público prioritário pessoas trans, profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens e parceiros sorodiferentes (quando uma pessoa está infectada com o vírus HIV e outra não).
O tratamento funciona na característica de livre demanda e portas abertas. Ou seja, sendo do grupo prioritário basta comparecer à Clínica. No local será realizada uma entrevista e no mesmo dia o paciente realiza o teste rápido e passa pelo atendimento médico, onde a pessoa recebe o encaminhamento para exames laboratoriais como hemograma, dentre outros.
“Temos tido um resultado muito positivo. A proposta da prevenção combinada é fundamental e foi um ganho muito grande para o município, uma vez que não precisamos encaminhar a nossa população chave para outras cidades. Aqui mesmo é possível fazer o tratamento!”, destacou a coordenadora do Programa Municipal de Ist/Aids, Monique Gonzalez.
Autor: Thayná Valente
Foto: Divulgação
Fonte: Ascom
Notícias relacionadas
Mais Acessados