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Produção artesanal de melado movimenta sítio em São Gonçalo 

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Publicado em:  17/08/2025

Visita ao sítio contou com a presença do vice-prefeito, João Ventura

A produção artesanal de melado segue firme na zona rural de São Gonçalo. No Sítio do Melado, uma propriedade com cerca de 10 hectares de plantação de cana-de-açúcar, a atividade é acompanhada por pesquisadores da Pesagro-Rio, que há anos estuda o solo e as variedades de cana cultivadas no local. Algumas dessas espécies são exclusivas da região e contribuem para o sabor único do melado de São Gonçalo.

Além de reforçar a tradição, a produção artesanal do Sítio do Melado também representa um modelo de preservação ambiental e de valorização da agricultura familiar. A parceria com a Pesagro-Rio garante a qualidade do produto final e fortalece o papel da pesquisa.

Na última semana, o vice-prefeito João Ventura e os secretários de Agricultura e Pesca, Magu dos Brinquedos, e de Comunicação Social, Alexandre Coutinho, acompanharam de perto o processo de transformação da cana-de-açúcar no tradicional melado, que tem se tornado símbolo da agricultura familiar da região.

O produtor Paulo César Novaes, mais conhecido como Paulo do Melado, de 60 anos, é responsável por manter viva uma tradição que começou com seu pai, um dos pioneiros da produção artesanal na cidade.

“Esse tipo de produção é mais do que uma tradição, é geração de renda, é respeito à terra e é também identidade de São Gonçalo. Precisamos valorizar quem mantém essa chama acesa”, destacou o vice-prefeito João Ventura.

A produção de melado exige precisão e muito trabalho. A cana, plantada ainda no início do ano, é colhida entre maio e julho, em seu ponto ideal. No dia anterior à produção, é feita a moagem da cana para extração do caldo. Já no dia seguinte, logo às 6h da manhã, o caldo vai para uma grande panela de cobre e começa a longa fervura que se estende por horas, até o início da tarde, quando o melado atinge o ponto ideal.

Apesar do esforço diário, Paulo mantém sozinho toda a operação do sítio. Na maior parte do ano, sua rotina começa às 3h e só termina por volta das 22h. A produção gira em torno dos métodos tradicionais e sem uso de conservantes.

Autor: Ascom

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