Projeto garante inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

Inserir pessoas no mercado de trabalho é uma missão complicada. Inserir pessoas com deficiência se torna uma tarefa ainda mais difícil, mas não para a Subsecretaria de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, da Secretaria de Políticas Públicas para o Idoso, Mulher e Pessoa com Deficiência. Nesta quarta-feira, 24/05, a deficiente auditiva Rosene Mendes, de 33 anos e moradora de Itaúna, iniciou em seu novo emprego: uma empresa que presta serviços de lavanderia a hospitais e clínicas do município.

Rosene encontrou na amiga Tatiane Moreira, também deficiente auditiva, a solução para a sua procura por emprego. Por intermédio de Tatiane, conheceu o projeto que a subsecretaria desempenha com as pessoas com deficiência no município de São Gonçalo – realizando projetos em parceria com instituições que cuidam dessas pessoas e também com empresas que precisam deles para compor o quadro de colaboradores. Ela foi encaminhada para uma vaga de emprego que estava dentro do seu perfil, fez todo o processo seletivo e iniciou uma nova carreira.

“Estou feliz por poder recomeçar num novo emprego e poder ajudar meus filhos e meu esposo. Eu não conhecia a subsecretaria e aqui todo mundo me abraçou. Descobri que aqui tenho o apoio necessário e que posso contar com eles”, disse Rosene em língua de sinais, traduzida por Janaína Vieira, tradutora de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) da subsecretaria.

As amigas levantaram também a questão de como é complicado o surdo e mudo procurar atendimento, principalmente em hospitais. Se estiver num momento de emergência, muitas vezes o deficiente não sai de casa e fica sem atendimento porque sabe que ninguém conseguirá compreendê-lo. Tatiane, que estava com problemas de respiração, conseguiu a ajuda da tradutora Janaína na consulta com um médico da Clínica Municipal Gonçalense.

De acordo com a subsecretária de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, Tânia Loyola, o município ainda não conta com nenhuma lei específica sobre a língua de sinais em estabelecimentos, mas a Subsecretaria para Pessoa com Deficiência se empenha em atender os que procuram algum conselho ou até mesmo esclarecimento sobre alguma questão.

“Muitas vezes eles vêm nos pedir ajuda para resolver questões de banco, por exemplo, e aqui nós temos profissionais capacitados para dar esse suporte, como a Janaína. Acredito que com o trabalho dedicado pela secretária da pasta, Marta Maria, junto com a gestão inclusiva do prefeito José Luiz Nanci, conseguiremos vencer essa e muitas outras barreiras”, conclui a subsecretária Tânia Loyola.