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São Gonçalo inicia atividades do Hospital do Câncer e do Coração

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Publicado em:  02/12/2022

Nova unidade fará cirurgias e exames inéditos na rede municipal

Uma alteração radical no antigo Hospital Franciscano, na Lagoinha, que vai salvar muitas vidas. Além da modificação na estrutura física, há a mudança de operação da unidade, que passou a se chamar Hospital do Câncer e do Coração (HCCOR) e iniciou exames e cirurgias eletivas de coração de alta complexidade nesta sexta-feira (2). 

     Dez pessoas que estavam internadas em unidades de saúde da cidade foram submetidas ao cateterismo na manhã desta sexta-feira. Este é apenas o início das operações do HCCOR, que também realizou angioplastias e começa – ainda este mês – a revascularização (cirurgia do coração de peito aberto). Após essa fase de implantação de todas as cirurgias e procedimentos do coração, a unidade também iniciará as cirurgias oncológicas.

     “Um dos procedimentos mais importantes para quem teve um infarto ou que tem problemas no coração será feito aqui mesmo em São Gonçalo: o cateterismo. Quem não tem amigo ou parente que precisa fazer esse procedimento? Por incrível que pareça, nós não fazíamos isso aqui. Os pacientes aguardavam meses internados e eram agendados para realizar em Vassouras, com mais de duas horas de viagem em uma ambulância. Mas, felizmente, isso vai acabar. Será uma unidade de referência de alta complexidade com equipe médica altamente qualificada para realizar todos os procedimentos. O hospital vai desafogar toda a nossa rede de urgência e emergência, liberando leitos e melhorando o atendimento da população e o mais importante: vai salvar centenas de vidas. É mais um passo extremamente importante para a saúde municipal”, disse o prefeito Capitão Nelson.

     Ao todo, a unidade pode fazer até 12 cateterismos por dia que, a partir da próxima semana, acontecerão às segundas e quintas-feiras. Até esta sexta-feira (2), São Gonçalo tinha 13 pessoas internadas – média de dois meses – aguardando o procedimento. Outras 80 estão na fila da Central de Regulação. E 50 pessoas estão internadas aguardando outros tipos de cirurgias no coração. Todas serão contempladas ainda em dezembro. 

     “Além de agilizar o atendimento dos pacientes sem ter que esperar vagas em Vassouras (distante 150 quilômetros de São Gonçalo e único local que faz esse tipo de cirurgia em parceria com o município), os pacientes ainda ganham porque deixam de ficar expostos nos hospitais, onde podem contrair outras doenças. O ganho também é da cidade, que libera leitos para atender outros pacientes”, disse o secretário municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo, Gleison Rocha.

     A auxiliar administrativa Patrícia Silva Garcez, de 37 anos, estava na nova unidade aguardando o cateterismo do pai. Ela foi, pessoalmente, agradecer ao prefeito. O pai dela, o aposentado Admir da Silva Garcez, de 72 anos, estava desde o dia 7 de novembro aguardando o procedimento no Hospital Retaguarda após infartar. 

     “É um alívio muito grande, não só para o paciente, mas para a família. A gente acaba acompanhando outras famílias e ficamos sabendo da demora para realizar o procedimento. Conheci um paciente que estava esperando há 47 dias. É um desespero e é angustiante para a família. Fiquei muito surpresa quando transferiram o meu pai ontem e avisaram que ele faria o cateterismo hoje na nova unidade. Estou muito grata ao prefeito. Estou muito feliz por isso. É indescritível essa sensação de saber que ele está passando pelo procedimento agora”, disse Patrícia.

     O armador de obras Zenilto Amorim Ramos, de 55 anos, é outro paciente que foi transferido para a nova unidade e estava ansioso para realizar o cateterismo. Ele estava internado há um mês e oito dias e o seu cateterismo estava agendado para o dia 23 de dezembro em Vassouras. “Eu fiquei muito satisfeito quando disseram que eu ia operar hoje. Adiantar a cirurgia, poder fazer perto de casa e voltar logo para a minha família é maravilhoso”, descreveu Zenilto. 

    O HCCOR conta com quatro centros cirúrgicos, 49 leitos e vai realizar 70 cateterismos, 12 cirurgias de revascularização e 20 angioplastias por mês. Após realizar as cirurgias dos pacientes que estão internados, o próximo passo é atender aos que estão na fila da Central de Regulação. “O morador de São Gonçalo, que é cardiopata crônico grave ou que teve um infarto agudo do miocárdio, terá um cuidado integral desde o cateterismo até a intervenção cirúrgica, caso tenha indicação”, completou Gleison Rocha.

Oncologia – Além das cardiológicas, as cirurgias oncológicas também serão iniciadas em dezembro no novo hospital, inclusive as que hoje são realizadas no município de Rio Bonito. Apenas a reparadora de mama para as mulheres que tiveram câncer de mama que terá início em janeiro de 2023. A unidade de saúde, em um futuro breve, também irá realizar outras intervenções cirúrgicas atreladas às outras especialidades, como urológica, neurológica e bariátrica. 

     “Será um avanço para a saúde de São Gonçalo, principalmente para os gonçalenses. Enxergamos a necessidade vital de promover qualidade na assistência dos pacientes que precisam de diferentes intervenções cirúrgicas. Vamos promover o cuidado integral, diminuir tempo de internação em outras unidades hospitalares, diminuir os riscos e investir os recursos com responsabilidade naquilo que vai impactar para melhorar a vida dos pacientes”, concluiu a subsecretária de Urgência e Emergência, Dra. Ana Luiza Enguer Lagoeiro. 

Regulação – Todas as cirurgias na rede pública de São Gonçalo são marcadas através da Central de Regulação da secretaria. As unidades inserem os pacientes no sistema da Central de Regulação, que vai entrar em contato – através do telefone – para avisar sobre a marcação do serviço. Por isso, é muito importante que os pacientes mantenham um telefone que funcione e esteja atualizado no cadastro. O contato e endereço do morador também podem ser atualizados em qualquer unidade de saúde.

Autor: Ascom
Foto: Renan Otto
Fonte: Ascom

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