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São Gonçalo intensifica mobilização no combate à hanseníase

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Publicado em:  13/08/2025

Orientações à população e busca ativa de novos casos são algumas ações efetivadas

A hanseníase – doença infectocontagiosa – será lembrada neste mês de agosto nas unidades de saúde de São Gonçalo. A intenção é promover a prevenção e dar orientação para que os gonçalenses consigam ter um diagnóstico precoce e tratamento adequado. O Programa Municipal de Hanseníase visa aproveitar a oportunidade da mobilização estadual neste mês – 5 de agosto é celebrado o Dia Estadual de Combate à Hanseníase – para enfatizar a divulgação da doença, que é silenciosa, de evolução lenta e progressiva.  

“Vamos fazer ações em todos os dispositivos que fazem o tratamento da doença. Começamos pelo Polo Sanitário Paulo Marques Rangel, no Porto do Rosa, no dia 5. E vamos dar continuidade nas demais unidades a partir do dia 19. Queremos incentivar o rastreio através da suspeição diagnóstica, da busca ativa de casos novos e faltosos. Vamos ajudar a combater o preconceito e discriminação associados à doença, com informações sobre meio de transmissão, diagnóstico e tratamento”, contou a coordenadora do programa, Gisella Porcino. 

A sensibilização e educação da população são importantes estratégias de disseminação e conhecimento. A informação pode prevenir a contaminação, a incapacidade física e como ter acesso ao tratamento adequado da doença, contribuindo para a erradicação. Os principais recursos contra a hanseníase são o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno dos casos, visando a promoção à saúde, prevenindo a incapacidade física e acompanhando as complicações através da assistência qualificada. 

São Gonçalo conta com quatro polos sanitários que realizam o tratamento da doença, sempre de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h: Hélio Cruz, em Alcântara; Washington Luiz, no Zé Garoto; Augusto Sena, em Rio do Ouro; e Paulo Marques Rangel, no Porto do Rosa. Apesar do tratamento ser realizado nos polos, os gonçalenses podem procurar qualquer unidade de saúde da família (USF) para diagnosticar a doença. Todas estão aptas para receber, captar e orientar os pacientes. 

Programação 

19/8, das 12h às 15h, Polo Sanitário Hélio Cruz – Ações dinâmicas de abordagem na rua, panfletagem com informações sobre a doença, formas de transmissão, caraterísticas e tratamento conduzidas pela equipe multiprofissional do programa com foco no combate ao preconceito e discriminação para a população geral;

22/8, das 10h às 15h, Polo Sanitário Augusto Sena, Rio do Ouro – Palestra na sala de espera ministrada pela equipe multiprofissional do Programa Municipal de Hanseníase com o tema: “Combate ao estigma e discriminação da doença; informações sobre forma de transmissão, diagnóstico e tratamento”;

29/8, das 10h às 15h, Polo Sanitário Washington Luiz, Zé Garoto – Ações dinâmicas de abordagem na rua, panfletagem com informações sobre a doença, formas de transmissão, caraterísticas e tratamento conduzidas pela equipe multiprofissional do programa com foco no combate ao preconceito e discriminação para a população geral.

A Doença 

A hanseníase é uma doença transmissível que acomete a pele e os nervos da face, braços, mãos, pernas e pés de crianças e adultos. Sua principal característica é uma mancha esbranquiçada, avermelhada ou amarronzada em qualquer parte do corpo, que não coça e altera a sensibilidade da pele ao calor, à dor e ao tato. 

A doença também pode se manifestar através de caroços e inchaços no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos. Também pode dar a sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços, mãos, pernas e pés. 

As áreas acometidas podem sofrer com diminuição de pelos e suor e pode ocorrer o espessamento dos nervos, levando à perda da sensibilidade. 

Ela é transmitida por meio das vias aéreas, fala, tosse ou espirro e se dá por meio de uma pessoa doente e sem tratamento. No entanto, ela não passa através de contato, como abraço, aperto de mão ou qualquer tipo de carinho. Se não tratada, ela pode causar deformidades e incapacidades físicas.

A hanseníase tem cura e o tratamento é totalmente gratuito e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Quanto mais cedo for diagnosticada e tratada, melhor o resultado e menor a chance do paciente ter sequelas físicas. O tratamento leva de seis meses a um ano e o paciente recebe, mensalmente, a medicação. 

Autor: Ascom

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