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São Gonçalo reforça importância da vacinação contra meningite

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Publicado em:  21/04/2023

Combate à doença é lembrado mundialmente no dia 24 de abril 

Meningite: uma doença grave e que pode ser fatal. Por isso, ganhou até um dia de combate no calendário mundial – o próximo 24 de abril. A data serve para lembrar sobre a importância da prevenção da doença e seu diagnóstico precoce. E a principal forma de prevenir da forma grave da meningite bacteriana é através da vacinação. Atualmente, através do Sistema Único de Saúde (SUS), o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde disponibiliza as vacinas: Meningocócica C, ACWY e Pentavalente no calendário de rotina.  

Apesar da importância da imunização, a cobertura vacinal está em baixa em São Gonçalo nos últimos anos. Em 2022, com a vacina Meningocócica C, a cidade vacinou 38,65% das crianças com menos de um ano e 29,32% das crianças de um ano. E com a Pentavalente para as crianças com mais de um ano, a cobertura vacinal foi de 29,24%. A meta do Ministério da Saúde é atingir 95% do público-alvo. No ano passado, São Gonçalo registrou 22 casos da doença, tanto viral quanto bacteriana. 

A coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo, Thainá Fratane, fica preocupada com os baixos percentuais. “A cada ano que passa, menos pessoas estão tomando as vacinas. Quanto mais baixa a imunização, maior a possibilidade de transmissão da doença, o que facilita o surgimento de surtos. Chequem as cadernetas de vacinação e levem as crianças aos postos para a sua atualização, não só das vacinas para a meningite, mas para todas as outras”, concluiu Thainá. 

As vacinas estão disponíveis em todos os postos de saúde e polos sanitários que têm salas de vacinação, sempre de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 8h às 17h. As vacinas oferecidas são: Meningocócica C (conjugada), que previne contra o tipo C da doença meningocócica; Pentavalente, que evita a meningite causada pela bactéria Haemophilus influenzae B, além de outras quatro doenças; e a ACWY, que protege contra estes quatro sorotipos da meningite meningocócica.

O esquema vacinal da Meningocócica C prevê duas doses, aos 3 e aos 5 meses de idade, e um reforço que deve ser feito, preferencialmente, aos 12 meses de idade. Em julho do ano passado, o Ministério da Saúde ampliou a oferta da Meningocócica C para trabalhadores da saúde e crianças com até 10 anos de idade. Crianças entre 5 e 10 anos que nunca receberam o imunizante devem tomar apenas uma dose. Já para os trabalhadores de saúde, a indicação é de uma dose de reforço, mesmo para aqueles com esquema vacinal completo.

A idade de cobertura da vacina meningocócica ACWY (conjugada) também foi ampliada, no ano passado, para adolescentes de 13 e 14 anos de forma temporária. A ACWY foi implantada na rotina de vacinação dos adolescentes entre 11 e 12 anos em 2020. Assim, com previsão de seguir até junho deste ano, as crianças e adolescentes entre 11 e 14 anos podem se vacinar. 

A faixa etária em maior risco de adoecimento para a doença meningocócica é a de crianças menores de um ano de idade. No entanto, os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença em decorrência de elevadas taxas de portador do meningococo. O intuito da ampliação da vacinação é reduzir o número de portadores da bactéria. 

A vacina Pentavalente, que protege contra as doenças difteria, tétano, coqueluche, poliomielite e haemophilus influenzae, é aplicada nas crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade.

Meningite – A meningite é a inflamação das meninges (membranas que envolvem e protegem o sistema nervoso) do cérebro e medula espinhal. A forma mais grave da doença é causada por bactérias, que podem ser combatidas através das vacinas. Uma vez com a meningite, ela deve ser tratada imediatamente para evitar sequelas (desenvolvimentos cognitivos e motor, por exemplo) e até a morte. A doença também é causada por vírus, mas costuma ser mais leve e atinge mais as crianças. 

Os vírus e bactérias são transmitidos de uma pessoa para outra através da tosse, espirro, fala, beijos e contato com essas secreções através de objetos contaminados. Nem sempre a pessoa contaminada vai manifestar os sintomas, pois o organismo dela pode já possuir anticorpos de resistência à doença. Crianças de 6 meses a 1 ano estão mais vulneráveis à contaminação por possuírem um sistema imunológico ainda em formação, sem anticorpos para o combate à meningite.

Os principais sintomas são cansaço, febre alta, dor de cabeça forte e persistentes, rigidez do pescoço (dificuldade para encostar o queixo no peito), náuseas ou vômitos e, em alguns casos, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. Para as crianças menores de um ano, a orientação é observar a presença de inchaço da moleira e choro persistente.

A prevenção, além da vacinação, está nos cuidados simples de higiene do dia-a-dia, como lavar as mãos constantemente; não compartilhar talheres e alimentos com outras pessoas; manter os ambientes limpos e ventilados; evitar aglomerações e higienizar constantemente os brinquedos e outras superfícies de contato.

Vacinas disponíveis para crianças (menores de 15 anos)

BCG (tuberculose) – ao nascer

Hepatite B – ao nascer

Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, poliomielite e haemophilus influenzae) – 2, 4 e 6 meses

VIP (poliomielite – injetável) – 2, 4 e 6 meses

Pneumocócica (pneumonia, meningite e otite) – 2, 4 e 12 meses

Febre Amarela – 9 meses

Meningocócica C (doenças causadas pelo Meningococo C, incluindo Meningite e Meningococcemia, infecção generalizada) – 3, 5 e 12 meses

Tríplice Viral (sarampo, rubéola e caxumba) – 12 e 15 meses

Varicela (catapora) – 15 meses e aos 4 anos

Hepatite A – 15 meses

DTP (difteria, tétano e coqueluche) – 15 meses e aos 4 anos

VOP (poliomielite – gotinha) – 15 meses e aos 4 anos

HPV- 9 anos

Meningocócica ACWY – 11 a 14 anos (de forma temporária até junho 2023)

Autor: Ascom
Fonte: Ascom

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