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SMDS oferece suporte à vítima de intolerância religiosa no município

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Publicado em:  31/08/2017

Infelizmente a intolerância religiosa ainda é presente nos dias de hoje. Nas últimas semanas, em São Gonçalo, uma adolescente foi vítima desta prática em sua escola. Entre as inúmeras ofensas, a jovem foi xingada de “gorda macumbeira” e “macumbeiro tem que morrer”. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, que tem como pauta o combate à intolerância religiosa, ofereceu ajuda à família. O secretário da pasta, Marlos Costa, recebeu o pai da menina vítima das agressões.

Dados do Ministério de Direitos Humanos mostram que até setembro de 2016, o Disque 100 registrou 300 denúncias de discriminação religiosa no país. Quase um terço (29,08%) delas ocorreu no estado de São Paulo e 16,84% no Rio de Janeiro. O número representa um crescimento de 19% em relação ao total de registros em 2015, quando foram contabilizadas 252 denúncias até o mês de dezembro.

Uma luta que a secretaria Municipal de Desenvolvimento Social começou a travar na cidade de São Gonçalo é fazer com que as vítimas dos casos de intolerância religiosa tenham seus direitos assegurados.

“A secretaria está na luta pelo combate à intolerância religiosa. Temos fortalecido o diálogo com diferentes lideranças religiosas de matrizes africanas em nosso município, além de estarmos nos mobilizando junto a sociedade civil para realizarmos o quanto antes a eleição para o Conselho de Igualdade Racial, para que nenhum direito seja negado a quem precisa. Nos solidarizamos com esse caso e colocamos à disposição da família nosso atendimento psicológico nesse momento difícil. Estamos juntos da população gonçalense no enfrentamento a toda e qualquer violação de direito”, disse.

O pai da menina, Leandro Coelho, de 35 anos, disse que ficou admirado ao receber apoio do poder público municipal.

“Fiquei surpreso quando fomos procurados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. O caso aconteceu em uma escola estadual, não tinha nada a ver com o município, mas mesmo assim fui procurado e estão me dando todo apoio necessário. Esse apoio mostra que não estamos sozinhos nesta luta, que existe um amparo não só a minha religião, como todas as outras”, contou.

O coordenador de juventude e representante do Axé, Pedro Rebello, comentou o caso e pediu respeito e dignidade ao povo do axé.

“O caso da filha do Leandro, infelizmente, não é um caso isolado. Muitos casos têm surgido, como o da senhora umbandista com quase 70 anos de idade que foi agredida em Nova Iguaçu, além da Casa do Mago, no Rio, que só esse ano sofreu três atentados com bombas caseiras. Também aqui em São Gonçalo, no ano passado, uma jovem iniciada no candomblé foi impedida de embarcar no ônibus em Alcântara por estar vestida com sua roupa sagrada. Fora muitos outros casos que quase não são noticiados. Mais que tolerância, os povos de Axé merecem respeito e dignidade para sua liberdade de culto já assegurada por lei”, finalizou.

Autor: Ascom
Fonte: SMDS

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