Teatro Municipal de São Gonçalo recebe festival que valoriza a cultura e ancestralidade negra

“Trançar é esperançar” foi iniciado na última sexta e seguirá até este domingo

Para celebrar o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o Teatro Municipal de São Gonçalo recebe o festival “Trançar é esperançar”. O evento foi iniciado na última sexta-feira e segue com uma programação extensa e gratuita até este domingo (27).

Na sexta-feira (25), o local foi tomado por emoção e celebração. A cantora e atriz gonçalense Ella Fernandes comandou o palco em uma noite marcada por shows de Nilze Benedicto, Chelle e Esther Fontoura, desfiles de moda e tranças.

Além de muita dança com o Ballet Selma Grupo, houve uma cerimônia de homenagem a mulheres negras que vêm fazendo a diferença na cidade. O ator Leandro Firmino, conhecido por seu papel como Zé Pequeno no filme Cidade de Deus e atualmente no remake Vale Tudo, esteve presente prestigiando o evento.

Neste sábado (26), o festival iniciou às 10h e ofereceu a palestra “Letramento Racial Crítico”, ministrada por Andréia Hoelzle. Além de palestras, o evento oferece diversas oficinas, durante todo o dia, como a de colocação de laces, trança knotless, entre outras.

A programação segue intensa no domingo (27), incluindo lançamento do livro “As protagonistas do jogo”, formatura do Projeto Donas da Parada, premiação do concurso de trancista e baile charme.

O Festival também disponibiliza uma feira de empreendedoras recheada de artesanatos e comidas de influência africana.

A artesã Naiana Carla Estácio, de 41 anos, participa da segunda edição do festival e fala sobre a importância do evento.

“Essa iniciativa é um marco para São Gonçalo, é muito importante dar visibilidade a tudo o que esse projeto valoriza, como as pessoas negras e periféricas. Fico feliz em ver um evento voltado à nossa ancestralidade. Estamos falando de um evento com um mix de cultura,” destacou.

O evento, realizado pela Associação Mulheres da Parada, com apoio da Prefeitura de São Gonçalo, por meio da Secretaria de Turismo e Cultura, foi contemplado pela Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) 2024 e tem como proposta ocupar mentes, corações e espaços com arte, ancestralidade, empreendedorismo e afeto.

Criado em 2023, o festival nasceu como um espaço de encontro e fortalecimento entre mulheres negras, tendo a trança como símbolo de identidade, protagonismo e geração de renda.