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Vacina contra HPV: prevenção e promoção de saúde para crianças e adolescentes

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Publicado em:  15/07/2019

“Prevenir é sempre o melhor caminho, e ter acesso à informação e conhecimento faz a gente entender a importância da vacinação!”, afirmou Ohanna Pereira, estudante e moradora de São Gonçalo que se vacinou contra o HPV em uma das 73 salas de vacinação abertas no município. De grande importância e atuante na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), a vacina, adotada pelo Ministério da Saúde desde março de 2014, também atua na prevenção contra o aparecimento do câncer do colo de útero, a quarta maior causa de morte entre as mulheres no Brasil.

O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus altamente transmissível que infecta a pele ou as mucosas (oral, vaginal e anal) através do contato sexual, com ou sem penetração. Em novembro de 2017, o Ministério da Saúde lançou os dados preliminares da pesquisa “Pop — Brasil: Estudo epidemiológico sobre a prevalência nacional de infecção pelo HPV”, feita em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, que revelaram que mais da metade dos jovens brasileiros está contaminada pelo vírus HPV.

Dentre os mais de 150 tipos de HPV, a vacina, por ser quadrivalente e inativada, ou seja, feita com microrganismos mortos que não podem causar doenças, protege contra os quatro tipos mais comuns de HPV. São eles: HPV 6 e 11, considerados de baixo risco, mas que causam o surgimento de verrugas vaginais e anais; e HPV 16 e 18, de alto risco, que ocasionam o câncer do colo de útero.

De acordo com o Ministério da Saúde, o ideal é que ao menos 80% do público alvo seja imunizado, entretanto, os números ainda são baixos. O público alvo da vacinação são meninas de 9 a 14, e desde 2017, meninos de 11 a 14 anos. O público fora da faixa etária, em estado saudável, e que tenha tomado a primeira dose até os 14 anos, ainda pode tomar a segunda dose até 26 anos.

Além disso, pessoas de 9 a 26 anos com HIV/Aids e para pacientes oncológicos ou transplantados (este último grupo precisa de prescrição médica para vacinar-se e deve tomar três doses da vacina, com intervalo de 0, 2 e 6 meses) também devem tomar a vacina.

Em São Gonçalo, de 2014 a 2019, das 48 mil meninas dentro da faixa etária para vacinação, apenas 28 mil foram imunizadas na primeira dose, ou seja, 58% do público previsto. Para a segunda dose os números são ainda mais baixos , cerca de 13 mil (27,7%). No caso dos meninos, dentre os 13 mil inclusos na faixa etária , apenas 9.700 realizaram a primeira dose, e 3 mil a segunda.

Para Rosane Magalhães, coordenadora do programa de Imunizações de São Gonçalo, mais do que números de doses é necessário olhar para o que eles significam: a falta de acesso à informação e a não compreensão da importância da vacina.

“Quando a gente fala de imunização, não estamos falando de números apenas, e sim do quanto é preciso ainda informar para que se tenha compreensão do quanto a prevenção é eficaz e salva vidas. Temos um público alvo jovem e ainda existem muitas questões, seja de falta de conhecimento ou de uma formação moral, sobre esse assunto!” , destacou a coordenadora.

A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu). Portanto, alinhar informação e prevenção é extremamente importante.

Saúde na Escola:

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita com alunos do 9º ano de escolas públicas e privadas de todo Brasil, com idades entre 12 e 15 anos, mostra que, entre 2012 e 2015, mais de 30% afirmaram não usar preservativo nas relações sexuais.

O uso do preservativo (camisinha) masculino ou feminino nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. Contudo, seu uso, apesar de prevenir a maioria das ISTs, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois, frequentemente as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal). Por isso, a importância da prevenção combinada: vacinação e camisinha.

Realizado em São Gonçalo, através da Secretaria de Saúde, o programa Saúde na Escola, de política intersetorial entre saúde e educação, realiza palestras e rodas de conversas nas instituições de ensino em todo o município.

De acordo com Evelin Mendonça, coordenadora do programa municipal Ist/AIDS, como essa informação chega ao adolescente fará toda a diferença no momento de se prevenir e tomar a melhor decisão.

“Promoção de saúde é também pensar a prevenção, e pensar isso junto com eles. Através de palestras em escolas temos feito uma grande mobilização no sentido da prevenção, falando sobre a gratuidade do preservativo nos postos e polos de saúde também. Acreditamos que orientação e prevenção são caminhos que promovem saúde !”, afirmou.

Confira abaixo os pontos de vacinação:

Polo Sanitário Washington Luiz Lopes – Zé Garoto; USF Getúlio Vargas – Brasilândia; USF Juvenil Francisco Ribeiro – Engenho Pequeno; USF Armando Leão Ferreira – Morro do Castro; USF Madre Tereza de Calcutá – Estrela do Norte; UBS Haroldo Pereira Nunes – Porto Novo; USF Bocayuva Cunha – Gradim; UBS Robert Koch – Porto da Madama; USF Wally Figueira da Silva – Rocha; USF Barbosa Lima Sobrinho – Porto da Pedra; USF Bento da Cruz – Porto Novo; USF Ana Nery – Gradim; Clínica Municipal Gonçalense do Barro Vermelho; USF Luiz Carlos Prestes – Santa Catarina;

Polo Sanitário Paulo Marcos Rangel – Porto do Rosa; USF Alberto Farah – Mutuapira; USF Mahatma Gandhi – Jardim Califórnia; USF Alexander Fleming – Boaçu; USF Carlos Chagas – Fazenda dos Mineiros; USF Neuza Goulart Brizola – Palmeiras; USF Davi Capistrano Filho – Recanto das Acácias; USF Nova Cidade; USF Itaúna; USF Porto do Rosa; USF Albert Sabin – Itaoca; USF Jair Abrantes – Boa Vista; USF Mutuá; USF Mutuaguaçu; USF Leoncio Correa – Fazenda dos Mineiros;

Polo Sanitário Hélio Cruz – Alcântara; USF Irmã Dulce – Trindade; USF Tancredo Neves – Luiz Caçador; USF Bandeirantes; USF Oswaldo Cruz – Amendoeira; USF Adolfo Lutz – Pacheco; Clínica Municipal Gonçalense – Mutondo; USF Josyandra Mesquita – Colubandê; PAM Coelho;

Polo Sanitário Rio do Ouro; UBS Santa Izabel; UBS Doutel de Andrade – Maria Paula; UBS Hiparco Ferreira – Engenho do Roçado; USF Manoel de Abreu – Eliane; USF Badger Silveira – Tribobó; Clínica Dr Zerbini – Arsenal; USF Luiza de Marilac – Novo México; USF Marechal Cândido Rondon – Colubandê; USF Emílio Ribas – Barracão; USF Almerinda; USF José Avelino – Tribobó; USF Vila Candoza; USF Flávio Henrique Brito – Jóquei; USF José Jorge Cortes Freitas – Itaitindiba; USF Quinta Dom Ricardo – Santa Izabel; USF Marileia Cardoso – Jóquei;

Polo Sanitário Jorge Teixeira de Lima – Jardim Catarina; UBS João Goulart – Jardim Catarina; USF Jardim Catarina; USF Roberto Silveira – Bom Retiro; USF Santa Luzia; USF Largo da Ideia; Clínica da Família Marambaia; USF Floriano Barbosa – Jardim Catarina; USF Juarez Antunes – Laranjal; USF Luiz Paulo Guimarães – Laranjal; USF Aníbal Porto – Monjolos; USF Ary Teixeira – Bom Retiro; USF Louis Pasteur – Guaxindiba; USF Geremias Mattos Fontes – Bom Retiro; USF Elza Maria Borges – Santa Luzia; USF Agenor José da Silva – Jardim Catarina; USF Apolo III; PAM Neves.

Autor: Thayná Valente
Fonte: Ascom

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