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Vigilância Ambiental realiza ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti

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Publicado em:  19/06/2019

Ações de combate ao Aedes Aegypti são essenciais para auxiliar na eliminação de focos de mosquitos e na diminuição do número de casos de Dengue, Zika e Chikungunya. Nesse intuito, a equipe de endemia da Vigilância Ambiental de São Gonçalo realizou uma ação, nesta quarta-feira (19), nos bairros Porto Novo, Vista Alegre, Trindade e Jardim Catarina. O objetivo é eliminar as larvas do mosquito das casas e conscientizar a população sobre como se previnir. A ação contou com visitas domiciliares dos agentes de endemias, controle de roedores, carro fumacê, colocação de capas nas caixas de água e educação em saúde.

A Secretaria de Saúde de São Gonçalo notificou, durante esse ano de 2019, 627 casos de dengue, seguido por 95 de zika e 1032 casos de chikungunya. “Esse tipo de ação é essencial para proporcionar o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes do meio ambiente que interferem na saúde humana. A situação está controlada, mas é importante que toda população continue inspecionando suas residências, pelo menos uma vez por semana, à procura de focos do mosquito. As ações já foram intensificadas e a regra básica é não deixar a água parada em qualquer tipo de recipiente”, alerta o secretário de Saúde e Defesa Civil, Jefferson Antunes.

O último Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Mosquito Aedes Aegypti (LIRA), em 2019, aponta que o município de São Gonçalo obteve o resultado de 1.4% de infestação de larvas do mosquito transmissor dessas três doenças. O diretor da Vigilância Ambiental, Adaly Fortunato, explica que o balanço da infestação aponta uma queda e, consequentemente, uma diminuição dos casos das doenças. Porém, é necessário uma prevenção constante com a população.

“O Aedes possui versatilidade na escolha de seus criadouros, dificultando o controle sobre ele. O ciclo de reprodução do mosquito, desde o ovo à forma adulta, leva em torno de 5 a 10 dias. Seus ovos são extremamente resistentes, podendo sobreviver por vários meses antes de encontrar condições propícias para se desenvolver. Portanto, diariamente, agentes de combate às endemias realizam a busca, bloqueio e eliminação de possíveis focos nos bairros e regiões onde ocorrem casos suspeitos e confirmados das doenças. Nossos casos estão bem baixos se comparados ao ano passado, o que é um avanço para nós da vigilância em saber que o trabalho está gerando consequências positivas. O combate à proliferação do mosquito começa dentro da própria casa, sendo responsabilidade de cada um, podendo gerar mudança positiva na vizinhança”, explica.

Neuceli Figueiredo tem 60 anos e é moradora do Porto Novo há mais de 40. Desde que mora ali, observou diversos momentos da infestação de mosquitos, tanto que a mãe teve dengue uma vez. Durante a vistoria da endemia na sua casa, foram encontradas algumas larvas depositadas nos ralos da casa.

“Aqui em casa temos a consciência de fazer uma limpeza e uma prevenção do mosquito, pois já ouvi muitos casos da chikungunya, por exemplo, que traz consequências para a vida toda, dores musculares. Portanto, a piscina minha irmã faz a limpeza sempre, com cloro, e todas as nossas caixas de água estão vedadas. Claro, que uma vez ou outra algo passa despercebido por conta das chuvas que acumulam águas em alguns lugares. Acho muito importante essas ações da vigilância, pois elas protegem mais contra as larvas do que somente o fumacê passando na rua”.

Dados da Vigilância Ambiental do município mostram que os depósitos podem ser evitados em 25% das residências visitadas pelos agentes de endemias. Logo, é necessário realizar uma série de medidas simples para garantir a limpeza dos ambientes, como: recipientes (baldes, garrafas, ralos, lixeiras e outros objetos) devem sempre estar fechados ou virados com a boca para baixo; pratos de vasos de planta devem ser preenchidos com areia; vasos sanitários devem permanecer tampados e pneus devem ser mantidos em locais cobertos.

Autor: Raquel Muniz
Foto: Lucas Alvarenga

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