Identificado pela primeira vez no Brasil em 1960, a Febre Oropouche tem causado surtos esporádicos, especialmente na região Amazônica, com disseminação também observada em outros países da América Central e do Sul. Desde 2023 o Brasil tem registrado um aumento nos casos de Oropouche, com 13.783 casos confirmados em 2024 e 4.847 nos primeiros meses de 2025, dos quais a maioria concentra-se no estado do Espírito do Santo (4.317, 89,1%). Adicionalmente, foram registrados quatro óbitos associados à infecção pelo vírus Oropouche (OROV) no Brasil, sendo dois na Bahia, um no Paraná e um no Espírito Santo.
A Oropouche é uma arbovirose causada pelo vírus Orthobunyavirus (OROV), pertencente à família Peribunyaviridae.
O vírus Oropouche (OROV) é transmitido principalmente pela picada do inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim) e causa sintomas semelhantes aos de outras arboviroses, como dengue, chikungunya e Zika. A transmissão ocorre desde o aparecimento dos sinais e sintomas até a erupção de pele ter cicatrizado completamente, com a formação de uma nova camada de pele.
O maruim vive em florestas e em áreas rurais, principalmente onde tem plantação de banana.
A transmissão vertical foi confirmada no Brasil, durante o cenário atual, resultando em um caso de anomalia congênita e óbitos fetais.
Em decorrência das modificações no processo de vigilância da febre Oropouche e do aumento no número de casos confirmados no estado em 2025, a partir de 17 de fevereiro de 2025, os municípios estão autorizados a solicitar testes de biologia molecular (exame de PCR) para Oropouche mediante cadastro no sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) do LACEN/RJ. Assim, em situações de suspeita de infecção, os municípios poderão encaminhar amostras para análise no LACEN/RJ.
É importante ressaltar que, até o presente momento, o PCR é o único exame disponível, sendo fundamental observar o tempo adequado para a coleta das amostras, que deve ocorrer até o 5o dia após o início dos sintomas.
Autor: Ascom
Foto: Ascom
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