Centro de Autismo em São Gonçalo atende a mais de 200 pessoas por mês

Local realiza atendimento clínico com psiquiatra, dentista, nutricionista e assistente social

O Centro de Referência Municipal em Autismo Professora Maria José da Silva Rodrigues, no Gradim, completou dois anos de funcionamento no último dia 12 com uma série de atendimentos gratuitos, que beneficiam cerca de 120 crianças, jovens e adultos, com faixa etária entre 4 e 40 anos. As ações acontecem em parceria com as secretarias municipais de Educação e de Saúde. O local conta com uma equipe de mais de 30 profissionais.

Atualmente, o centro atende a 120 autistas, através de terapias (psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, musicoterapia, educador físico e arte educação), além de atividades nas salas de recursos. Outros pacientes autistas são atendidos clinicamente, com o auxílio de psiquiatria, dentista, nutricionista e assistência social. As consultas são marcadas de acordo com a necessidade de cada paciente. No momento, o centro não está fazendo novos cadastros.

A diretora do centro, a professora Verônica de Sá Machado Amorim, explicou que, antes da pandemia, o atendimento era feito duas vezes por semana, mas houve a necessidade de redução das atividades para manter a segurança e o distanciamento, com a devida higienização dos objetos utilizados. Hoje, cada paciente é atendido semanalmente. Além disso, o centro segue todos os protocolos sanitários, com oferta de álcool em gel, tapete para os pés e cadeiras com marcações.

“A pandemia foi um momento desafiador para nós, que trabalhamos com autismo. Criamos grupos individuais para os autistas, com a presença de todos os profissionais envolvidos no atendimento, para auxiliar as famílias”, explicou Verônica.

O dentista Carlos Coutinho, que tem especialização em pacientes com necessidades especiais, informou que o cuidado com cada paciente é primordial, sendo necessário criar um elo com cada autista, permitindo assim que os procedimentos possam ser realizados durante o atendimento.

“Não fazemos nada de excepcional que outro dentista faria, a diferença é que observamos a necessidade de cada um deles, dando atenção, permitindo assim que eles criem um elo de confiança com a gente”, disse o dentista.