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São Gonçalo realiza I Simpósio de Aleitamento Materno

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Publicado em:  28/08/2019

Acolhimento, acesso à informação e o respeito ao tempo da mãe. Esses foram os principais temas discutidos no I Simpósio de Aleitamento Materno, realizado pela Secretaria de Saúde de São Gonçalo nesta quarta-feira (28), que teve como tema “A importância da atenção materno infantil”. Com a presença de profissionais e estudantes da saúde, o encontro foi realizado no Ministério Público Estadual, no bairro Santa Catarina. A atividade teve como objetivo ampliar a rede de assistência às gestantes e atualizar os profissionais que atuam na área.

“A realização desse Simpósio só foi possível porque temos uma gestão sensível à importância da conscientização sobre o aleitamento materno. Fazer com que as pessoas abracem a questão da importância do aleitamento é um desafio. Por ser algo que as pessoas pensam ser natural ou instintivo, fala-se pouco. A amamentação é o primeiro hábito saudável da vida. Falar sobre isso é pensar o futuro, é saúde pública!”, afirmou Aline Aguiar, coordenadora do programa de Aleitamento Materno.

O Simpósio também celebrou o primeiro ano do Grupo de Aleitamento ligado à Área Técnica de Alimentação e Nutrição (ATAN), que acontece regularmente na Clínica Municipal Gonçalense, onde as mães são acompanhadas desde a gestação até que a criança complete dois anos. O grupo, que é coordenado por uma equipe multidisciplinar formada por assistente social, fonoaudióloga, nutricionista e psicóloga, aborda temas como a importância da amamentação, direitos da criança e da mãe e já assistiu mais de 200 famílias.

“Nosso principal objetivo é dar suporte às mães e suas famílias, apoiando e conversando sobre o aleitamento materno e o fortalecimento de vínculo entre mãe e filho e toda a família. Nosso trabalho é aconselhar e orientar! Fazemos atendimento de portas abertas, recebendo gestantes de todos os municípios. Para participar basta comparecer aos encontros”, disse Alexandre Guimarães Fernandes, nutricionista do Grupo de Aleitamento. Os encontros acontecem às terças e quintas, das 9h às 16h, e às quartas, das 11h às 16h.

Uma das palestrantes do encontro, a fonoaudióloga Aline Sudo, afirmou que amamentação é um tema que nunca se esgota. Portanto, pensar espaços de discussão e promoção de políticas e serviços públicos que facilitem o acesso à informação é fundamental.

“Esse sempre será um tema atual durante toda a vida. Por isso, discutir sobre ele é ampliar as frentes que ainda precisamos manter de resistência, resiliência e trabalho. Porque apesar das mulheres hoje terem muita informação disponível, elas não têm apoio disponível. Por isso pensar o acesso à assistência é fundamental! Discutir também como isso se dá nas relações de gênero e raça. Uma iniciativa como essa é louvável e que mais encontros sejam feitos”, revela.

Além da fonoaudióloga, o encontro também contou com roda de conversa com Fabiana Fabri, psicóloga, que abordou “Os aspectos psicológicos da gestação ao pós-parto” e Patricia Pinheiro, médica obstetra, que falou sobre “Aleitamento materno: dificuldades na produção e manejo das intercorrências.”

“Eu sou mãe. Quando a gente é médico acha que sabe muita coisa, e quando começamos a amamentar levamos nosso primeiro tombo. A gente acha que amamentar é apenas instintivo. Por isso é importante falar sobre isso. É um momento de autoconhecimento, vínculo, certas dificuldades. Falar da importância e acolher essa mulher é fundamental!”, afirmou a obstetra Patrícia Pinheiro.

Para a subsecretária de Atenção Básica, Maria Auxiliadora, ampliar a troca entre a rede reflete no processo de autoconfiança das mães e de toda família, aumentando assim a conscientização sobre o quão importante é a rede de afeto e cuidado durante e após a gestação.

“A digestão do leite materno é mais fácil. Isso diminui a chance do bebê sofrer com enjoos e cólicas. O leite materno previne infecções, obesidade, colesterol alto e diabetes. O bebê cresce mais forte e sadio. Poder realizar ações que façam essas informações chegarem às mães e suas famílias, garante que esse processo seja natural e empodere essas mães nesse momento tão especial!”, afirmou a subsecretária de Proteção Básica, Maria Auxiliadora Rodrigues.

Autor: Thayná Valente
Foto: Jonas Guimarães
Fonte: Ascom

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